1- PARA QUE SERVE O ATERRAMENTO ELÉTRICO?
a – Proteger o usuário do equipamento das descargas atmosféricas, através da viabilização de um caminho alternativo para a terra, de descargas atmosféricas (RAIOS).
b – “Descarregar” cargas estáticas acumuladas nas carcaças das máquinas ou equipamentos para a terra.
c – Facilitar o funcionamento dos dispositivos de proteção (fusíveis, disjuntores, etc.), através da corrente desviada para a terra.
2- DEFINIÇÕES: TERRA, NEUTRO E MASSA.
Antes de mais nada é preciso conhecer como funciona o sistema elétrico de fornecimento da concessionária. Este fornecimento é feito por rede secundária que é alimentada por um transformador de energia elétrica ligada a rede primária. Este transformador alimenta a rede secundaria com três fases (A, B, C e NEUTRO COM POTENCIAL ZERO), porém devido a grande variedade de consumidores ligados à mesma rede secundária nem sempre isto ocorre, existem variações de potencial, portanto a concessionária exige que se instale uma haste de aterramento no padrão de entrada, ligado ao neutro da rede a fim de se escoar para a terra possíveis variações de potencial.
TERRA – Condutor constituído através de uma haste metálica e que, em situações normais, não deve possuir corrente elétrica circulante. (Quando houver corrente circulante esta será transitória e o aterramento está executando sua função principal que é desviar toda corrente à terra).
NEUTRO – “Condutor”, fornecido pela concessionária que tem por finalidade o “retorno” da corrente elétrica.
MASSA – Considera-se massa toda carcaça de equipamento, onde se possa fixar o condutor de aterramento. Por norma, todos equipamentos tem um condutor terra que vem identificado pelas letras PE e deve ser de cor amarela e verde.
3- TIPOS DE ATERRAMENTO - A ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) possui uma norma que rege o campo de instalações elétricas em baixa tensão. Os três sistemas da NBR 5410 mais utilizados na indústria ou ligações comerciais e residenciais são:
a – Sistema TN-S :
Notem pela figura 1 que temos o secundário de um transformador ligado em Y. O neutro é aterrado logo na entrada, e levado até a carga. Paralelamente, outro condutor identificado como PE é utilizado como fio terra, e é conectado à carcaça (massa) do equipamento.
Figura 1
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirJrHcauUjrCuZhlg0xRieN6Y7JdGcWxoDLIdVTUrymBlRGHdxLAXF1rSJLMa73w4ugsu99lrnWJZht4URAorL3a3wyTG-ty3ku3eofidf2xZvxZdoOiLHqvPtbYf_MfCeJBZh7EtQAJI/s320/aterramento+tn-s.gif)
b – Sistema TN-C: Esse sistema, o fio terra e o neutro são constituídos pelo mesmo condutor. Dessa vez, sua identificação é PEN (e não PE, como o anterior). Podemos notar pela figura 2 que, após o neutro ser aterrado na entrada, ele próprio é ligado ao neutro e à massa do equipamento.
Figura 2
Esse sistema é o mais eficiente de todos. Na figura 3 vemos que o neutro é aterrado logo na entrada e segue (como neutro) até a carga (equipamento). A massa do equipamento é aterrada com uma haste própria, independente da haste de aterramento do neutro.
O leitor pode estar pensando: “Mas qual desses sistemas devo utilizar na prática?” Geralmente, o próprio fabricante do equipamento especifica qual sistema é melhor para sua máquina, porém como regra geral, temos :
a) Sempre que possível, optar pelo sistema TT em 1º lugar.
b) Caso, por razões operacionais e estruturais, não seja possível o sistema TT, optar pelo sistema TN-S.
c) Somente optar pelo sistema TNC em último caso, isto é, quando realmente for impossível estabelecer qualquer um dos dois sistemas anteriores.
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